Cultura de Paz

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Comunicação e integração entre os povos da floresta

Fazer da Comunicação uma ponte de informação e integração verdadeiramente efetiva para a melhoria das vidas das pessoas. Este é o objetivo de vida da jornalista amazonense, Lúcia Saito Carvalho, que atua como assessora de imprensa da Secretaria Estadual de Educação, editora-chefe do jornal Amazonas em Tempo e voluntária em projetos de educação ambiental do Centro de Projetos e Estudos Ambientais do Amazonas – CEPEAM.

“O Amazonas é um mundo verde, onde a vida explode em cada pedacinho da região. É uma terra gigantesca cortada por alguns dos maiores rios do planeta, onde caberiam quase cinco países do tamanho da Alemanha e seis com a extensão do Reino Unido”, inicia sua explicação. Lúcia conta que o acesso à informação e a qualquer outro bem cultural é muito difícil por conta das imensas extensões de terra e água. Tais condições tornam a tarefa de um comunicador um desafio constante que só pode ser vencido pelos perseverantes e determinados.

O que a motiva, desde muito jovem, são os ideais humanistas que aprendeu com os escritos do filósofo e humanista Daisaku Ikeda. “Quando falamos em comunidades rarefeitas, estamos nos referindo aos povoados com até cinco famílias, nos quais a natureza faz parte da vida de cada um, ora isolando-os, ora protegendo-os”, conta. Devido ao cargo de assessora da Secretaria de Educação do Amazonas, Lúcia tem a possibilidade de conhecer muito de perto o que significa levar educação a crianças e jovens de cada uma dessas comunidades. Trata-se de um desafio de dimensões realmente inimagináveis.

Em todo o país há déficits crescentes de professores, devido a muitos fatores. Porém, em locais como os existentes na região amazônica, tal déficit se agrava sobremaneira e duplica igualmente o valor dos abnegados profissionais de educação que se dedicam ali. “Aprendi com o presidente da SGI, Daisaku Ikeda, que não há ideal mais nobre que o de dedicar a um ideal. Ter um ideal tem sido tem sido um grande diferencial para mim, em uma sociedade que muitas vezes enaltece e prioriza valores pouco edificantes”, ilustra. Lúcia acredita que a Educação é o caminho mais efetivo para a transformação da vida das pessoas, polindo-as e ofertando meios para se tornarem cidadãos plenos, cônscios de seus direitos e responsabilidades, de forma a contribuírem para uma nova sociedade mais justa e mais solidária.

Como voluntária no CEPEAM, Lúcia atua na conscientização da importância do local – situado em área defronte ao “encontro das águas”, na conjunção dos rios Negro e Solimões que formam o grande manancial de águas do rio Amazonas – um verdadeiro tesouro natural que ora encontra-se ameaçado pela iminente construção de um porto nas imediações. “Embora mundialmente conhecido, paradoxalmente, os habitantes da região não o conhecem”, conta. Por isso, o CEPEAM tem programas de visitação que objetivam oferecer esta experiência ímpar ao público. “É apenas uma visitação, no entanto, todos têm um impacto profundo em suas vidas ao presenciarem este fenômeno impressionante”, exulta a jornalista.

Firmemente convicta de que sua atuação pode fazer a diferença, Lúcia enfatiza que ao olhar para oito anos atrás, quando iniciou sua trajetória profissional, pode verificar claramente que há mudanças. E boas. “Com o know how que obtive junto à BSGI, pude realizar projetos maravilhosos, aliando o humanismo Ikeda ao meu trabalho”, destaca. A partir desse aprendizado, pode colaborar para o estabelecimento de uma parceria entre o CEPEAM e a Secretaria Estadual de Educação com o objetivo de desenvolver o projeto da Agenda 21 em escolas públicas. “Sempre em parceria com os voluntários da BSGI, trabalhamos incansavelmente para levar os preceitos humanistas aos jovens brasileiros do Amazonas”, conclui a jornalista idealista Lúcia.

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